terça-feira, 23 de abril de 2013

Planejamento Catequético

 PARÓQUIA VERBO DIVINO


QUERIDOS :   CATEQUISTAS  
Para avaliar a caminhada da catequese em nossa Paróquia, partilhar alegrias e buscar meios para superar os desafios na missão de catequizar é que queremos convidar você CATEQUISTA para esse dia de Planejamento. O intuito é dinamizar a catequese e planejar encontros. Portanto esperamos você,  com ideias,  sugestões e observações para que possamos juntos discutir e refletir assuntos da catequese.

Data : 01/05/2013 ( FERIADO, Quarta- Feira )

Horário:Inicio ás 08:00hs  Termino : 13:00hs

Local: Comunidade Matriz ( Nossa Senhora Aparecida) .
 Jardim Horizonte Azul

“Enquanto Conversavam e discutiam, o próprio jesus se aproximou e começou a caminhar com eles” ( Lc 24,15)

Paróquia Verbo Divino
Catequese Caminho para o Discipulado

Campanha do Agasalho 2013

CAMPANHA DO AGASALHO 2013

Aberta Oficialmente a CAMPANHA DO AGSALHO 2013, em nossa paróquia(....)

SEJA SOLIDARIO DOE UM AGASALHO

Quanto mais gente, mais Quente !
Abrace essa Causa, aqueça Seu Coração, faça sua doação.
 
Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25,40).

PARÓQUIA VERBO DIVINO
 

 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Festa da Misericórdia



FESTA DA MISERICÓRDIA 
Irmã Faustina 
Olá pais e catequistas estamos em oitava da páscoa e no Domingo dia 07  comemoramos a festa da misericórdia.
A festa da misericórdia foi pedida por Jesus para irmã Faustina estabelecida oficialmente como festa universal pelo Papa João Paulo II. SAIBA MAISAgora é o tempo favorável! Agora é o Dia da Salvação!’ (2Cor 6, 2)
Em nossa Comunidade Teremos a Santa Missa as 10hs da manhã horário de Costume, e as 15:00hs da tarde teremos a santa Missa, juntamente com os membros da ALIANÇA DO CORAÇÃO MISERICORDIOSO (ALCOM)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Maturidade de uma AMIZADE

MATURIDADE DE UMA AMIZADE
PE. FABIO DE MELO

“Uma das características da infância é a incapacidade de dividir coisas. Uma criança não pode dividir porque não se possui, porque ainda não sabe o que ela é. Você começa a identificar a maturidade, a partir do momento que uma criança consegue perceber as regras de um joguinho.

A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado. Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento que começa a brincar.

A maturidade acontece, quando tomamos posse do que nós somos, para aí então poder nos dividir com os outros. Isso faz parte do processo de maturidade.

Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela. Quantas pessoas já adultas pensam assim, trata-se da incapacidade de amar, falta de maturidade.

Todos os encontros de Jesus levam a implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantar esse reino quem é adulto, que já entende que só se começa a amar a partir do momento, que eu não quero mudar quem eu amo.
Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado, é porque nos reconhecemos naquela pessoa. Jesus não tinha o que temer porque era puramente bom, por isso contagiava os que estavam ao seu lado. 

Na maturidade de Jesus você encontra a capacidade imensa de amar o outro como ele é. Amar significa: amar o outro como ele é. Por isso quando falamos em amar os outros, podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento quanto a nossa maturidade. 

A santidade começa na autenticidade. Por isso Jesus nos pede para ser como as crianças, que são verdadeiras e simples. É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para si. 

Você tem condições para perceber a sua maturidade. É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. Você não precisa que ninguém te observe, pois você já viu aquilo como um valor. 

Pessoas imaturas sofrem dobrado. Pessoas imaturas querem modificar os fatos, pessoas maduras deixam que os fatos os modifiquem. A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta. O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou. 

Muitas vezes os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não a trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabe que aqueles defeitos não serão espelhos para nós, mas seremos um instrumento de Deus para ele superar esse defeito. 


Padre só pode ser padre a partir do momento que é apaixonado pelos calvários da humanidade. 

Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se. 

Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer do outro uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança. 

O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja. 

Amar alguém é viver o exercício constante, de não querer fazer do outro o que a gente gostaria que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é acima de tudo a experiência do respeito. 

Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é, quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e por isso você o ama tanto. Na hora que forem embora as suas utilidade, você vai saberá o quanto é amado. 
Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz. 

O convite da vida cristã é esse: que você possa ser mais do que você faz! ” 

domingo, 31 de março de 2013

Reunião de Catequistas Paroquial

Reunião Paroquial de Catequistas

       Neste Sábado Santo 30/03/2013, tivemos em nossa comunidade Matriz ( Nossa Senhora Aparecida), nossa reunião de Catequistas Paroquial, onde nosso Pároco Padre Edmilson, apresentou a Catequista Maria Cicera como coordenadora Paroquial da Catequese, também agradecendo toda dedicação da então coordenadora Altamira, o padre ressaltou a necessidade de uma Coordenadora de catequese a nível Paroquial que fizesse o elo da catequese com todas as comunidades. Assim acolhemos a nossa coordenadora paroquial com uma salve de Palmas.
    O tema da Reunião foi " O mar é DEUS e o barco sou eu ", com reflexão do Evangelho de São Mateus 14,22-36. E ao Som da Musica de mesmo nome, composição de Padre Jonas, fizemos uma Dinâmica de conhecimento, onde num pequeno barquinho representado por cada catequista, era colocado num barco maior. Com isso podemos refletir que precisamos  de União um, com o outro pois  juntos temos que remar para o mesmo lado,  mesmo na tempestade, mesmo que se agite o mar, devemos confiar em nosso DEUS, pois ele nós diz, assim como narra o evangelho VEM SOU EU, NÃO TENHAS MEDO. 
   Após a apresentação de cada catequista, foi lembrado da Formação da nossa forania Mirim - Guaçu que será neste próximo sábado dia 06/04, na Paroquia Jesus Bom Pastor. 
   E de acordo com todos os presentes, foi marcado o PLANEJAMENTO DA CATEQUESE, no ferido 01/05 as Oito Horas da Manhã, em nossa Comunidade Matriz. O Intuito desse planejamento, é dinamizar a catequese, planejar os encontros em comunhão com todos, portanto Catequistas venham cheios de ideias, sugestões, observações, material, pois esse será o dia em que iremos discutir sobre os assuntos da catequese, festividades da catequese, enfim iremos PLANEJAR ! 

Que Deus nós abençoe e não esqueçam, O mar é DEUS e o barco sou Eu e o vento forte que nós leva para frente é o Amor de DEUS ! 
 Catequistas Paróquia Verbo Divino



   

sábado, 30 de março de 2013

Sábado Santo ( CATEQUESE )

 Sábado Santo

Neste Sábado Santo que no período da manhã, tivemos nossa Reunião Paroquial que pela graça de DEUS nos foi apresentada a nova Coordenadora Paroquial da catequese a catequista Maria Cicera. Tivemos Pela parte da tarde na comunidade Sagrado Coração de Jesus um momento muito especial com as crianças, devido a reunião para que todos os catequistas pudessem participar, as crianças da catequese da parte da manhã, foram convidadas a participarem a tarde, juntamente com as turmas da tarde a esse momento.



Iniciamos, com uma Oração Inicial meditando com as crianças o mistério da SEMANA SANTA, especialmente o do dia de hoje SÁBADO SANTO, após iniciamos a Oração do Santo Terço meditando e contemplando cada mistério, cada dupla de catequista presente explicou as crianças o significado de cada mistério  e fez um pedido especial em cada mistério. 

Após a Oração do Santo Terço rezamos juntos a Oração da Criança. Grata a DEUS por esse momento, que foi bem participativo pelas crianças, pelos pais que estavam presentes e pelos catequistas. Em Seguida as crianças receberam uma a oração pela saúde  contendo a imagem do Imaculado Coração de Maria, assim nos despedimos em clima de oração para amanhã celebrarmos a RESSURREIÇÃO DO NOSSO DEUS!
Sábado Santo 30/03/2013

terça-feira, 26 de março de 2013

segunda-feira, 25 de março de 2013

PAPA da NOSSA JMJ

"Queridos amigos, também eu me coloco em caminho com vocês, na esteira do Beato João Paulo II e de Bento XVI. Já estamos perto da próxima etapa desta grande peregrinação da Cruz. Olho com alegria para o próximo mês de Julho, no Rio de Janeiro! Vinde! Encontramo-nos naquela grande cidade do Brasil! Preparai-vos bem, sobretudo espiritualmente, nas vossas comunidades, para que este Encontro seja um sinal de fé para o mundo inteiro. Os jovens devem dizer ao mundo: é bom seguir Jesus; é bom caminhar com Jesus; é boa a mensagem de Jesus; é bom sair de si mesmo, às periferias do mundo e da existência para levar Jesus! Três palavras: alegria, cruz, jovens." (Papa Francisco )

domingo, 24 de março de 2013

Simbolos Páscais

 Simbolos Páscais

O CÍRIO PASCAL - É uma vela grande e grossa, que deve ser acesa todos os anos, pela primeira vez, no Sábado Santo, no início da celebração da Vigília Pascal. Faz-se, se a inscrição dos quatros algarismos do ano em curso; depois se cravam cinco cravos, que lembram as cinco chagas de Jesus, além de duas letras gregas "Alfa" e "Ômega" a primeiras e últimas letras do alfabeto grego. O alfa representa o princípio e o ômega, o fim. O círio, simbolizando Cristo vivo, ressuscitado, é a luz que ilumina e guia a vida do cristão; pois o próprio Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo!" "Eu sou o princípio e o fim"

ÓLEOS SANTOS - É na Quinta-feira Santa que se celebra a missa do Crisma, na catedral, onde os óleos sacramentais usados no Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos são abençoados pelo bispo e os sacerdotes. O óleo simboliza o Espírito Santo, aquele que nos dá força para vivermos o evangelho de Jesus Cristo.

O FOGO -No início da cerimônia da Vigília Pascal, na noite do Sábado Santo, a celebração é iniciada com a benção do fogo, chamado de "fogo novo".O fogo é também símbolo da vida nova, da realidade da criação renovada pela morte e ressurreição de Jesus.

A ÁGUA -No Sábado Santo, durante a celebração da Vigília Pascal, o sacerdote faz a benção da água batismal que será utilizada nos batismos durante o ano, mergulhando o círio pascal na água, invocando a força do Espírito Santo, havendo ou não batismos. A aspersão do povo com a água benta, se realiza a renovação das promessas batismais. A água simboliza pureza, purificação e renovação.

PÃO E VINHO- São os símbolos da Eucaristia. Foi na última ceia (Quinta-feira Santa), Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor. Representando o seu corpo e sangue, que foram oferecidos aos seus discípulos para celebrar a vida eterna. O pão pode ser reapresentado por espigas de trigo e o vinho por cacho de uvas.

A CRUZ-  Jesus que morreu na cruz para nos salvar, deu à humanidade mais uma lição de humildade: sendo Filho de Deus, que tudo pode, ele morreu da forma mais humilhante que havia em seu tempo. A cruz nos recorda o sofrimento e a ressurreição de Jesus Cristo. No Concílio de Nicéia, em 325 d,C., Constantino declarou a cruz como símbolo oficial do cristianismo. Temos não somente um símbolo da Páscoa, mas um símbolo da fé católica, o sinal do cristão.

Páscoa

Ele sofreu a paixão na sexta-feira santa e no domingo de páscoa ressucitou !

Domingo PÁSCOA

Parecia um fracasso total naquela sexta-feira! Mas o amor é sempre mais forte do que o ódio, a vida é sempre mais forte do que a morte, Deus é sempre mais forte que o homem! E, assim, Jesus ressuscitou! Jesus venceu a morte! Ele é o Senhor! No terceiro dia após a morte de Jesus, num Domingo em que os judeus celebravam a antiga Páscoa da Libertação, os discípulos bem cedinho, foram ao sepulcro, onde tinham enterrado o corpo de Jesus, e o encontraram vazio (Jo20,11-18), esteve com os apóstolos reunidos no Cenáculo (Jo20,19-29), caminhou na estrada de Emaús com dois discípulos (Lc24,13-35). O fato da ressurreição de Jesus Cristo continua sendo o centro da nossa fé, a alegria, a certeza e a força que impulsiona nossa vida de cristãos.
JESUS RESSUCITOU, quer dizer que... o Crucificado está vivo! Vivo na Glória do Pai, intercedendo por nós, como Senhor do Universo! Vivo sempre presente na história dos homens como libertador e salvador da humanidade. Vivo e presente, de modo especial, em sua Igreja e em nossa vida de cristãos: como nosso Senhor. Mas reparem em todas as aparições do Ressuscitado, os Evangelhos fazem notar que seus discípulos não o reconhecem imediatamente nem facilmente. Isso quer dizer que precisamos reconhecer Jesus presente em nossa vida, com os olhos da fé.
Ele venceu o mal e o pecado da humanidade. As forças do mal, da injustiça, da violência, do pecado, já foram vencidas pela raiz, Jesus Cristo é o Senhor e Libertador! A vida, o amor e a graça de Deus são mais fortes do que o mal. A Páscoa de libertação, já está em andamento, dentro de cada um de nós e no mundo. E na força de Cristo Ressuscitado, nosso Senhor, que podemos realizar, cada dia a nossa Páscoa, libertando-nos do egoísmo e do pecado, para sermos homens novos e viver uma Nova Vida. "... Como Ele e com Ele, nós também havemos de ressuscitar, vencendo o último mal, a morte. A ressurreição de Jesus é o penhor e a certeza da nossa própria ressurreição" ( 1Ts4,13-14 ).

Sabado de Aleluia

Sábado de Aleluia

                É o silêncio de Deus que se faz sentir e nos prepara para a grande solenidade da Vigília Pascal e, sobretudo para a Manhã da Ressurreição. Nesta celebração, o altar é caracterizado com seus objetos e adornos novamente, que são trazidos em procissão pelo povo. É nesta missa, também, que é acendido o Círio Pascal, aquela grande vela que simboliza a presença da luz de cristo ressuscitado junto a nós. A partir da chama do Círio Pascal, os paroquianos vão acendendo as suas velas, e em poucos minutos toda a Igreja está iluminada somente pelas velas, sem qualquer iluminação artificial! Daí chamamos esta celebração de Missa da Luz.Confira alguns momentos marcantes desta celebração.
            Sábado de Aleluia é um dia de comemoração no calendário de feriados religiosos do Cristianismo, sempre antes da Páscoa. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa.

Sexta Feira Santa

Sexta- Feira Santa- (mc 15,1-39)

“A Paixão de Cristo representa a máxima expressão do sofrimento humano, que, na entrega do Redentor, recebe uma significação nova e profunda ao ser associado ao amor”
A Paixão e Morte de Jesus e a conseqüência de toda sua vida dedicada aos outros: “Não há maior prova de amor que dar a vida pelos amigos!” (Jo 15,13). Jesus, o Filho de Deus feito gente, assume sobre seus ombros toda injustiça, todo mal, todo pecado da humanidade e oferece sua vida, como cordeiro pascal, pela libertação e pela vida da humanidade. Ele viveu e morreu pela nossa salvação. É tempo de abstinência.

1 - Situando-nos 

Hoje, sexta-feira, dia sagrado e solene, ao mesmo tempo, sóbrio e austero. A Igreja, acompanhando os passos de Jesus Cristo, faz memória de sua Paixão e Morte na cruz. A humanidade sensibilizada e reconhecida, para adiante do Filho de Deus, nascido da Virgem Maria que “passou a vida fazendo o bem a todos”. O justo é condenado por júri injusto: testemunhas falsas, torturas, autoridade lavando as mãos covardemente, cenas de violência e de morte.
O drama da Paixão de Jesus é, hoje, o drama do sofrimento do povo, de tantos enfermos que, para chegarem a um razoável atendimento, se vêem obrigados a uma via-crúcis. São as filas às portas e nos corredores dos hospitais e nos órgãos de atendimento público. “É a dura realidade de irmãos e irmãs que não tem acesso à assistência de Saúde Pública condizente com suas necessidades e dignidade” (CF/2012).
No dia de hoje, somos convidados a mergulhar nos mistérios da Páscoa da Paixão, participando da celebração da Palavra que tem como centro a narração da Paixão de Jesus, segundo João, e como ponto culminante a “adoração da santa cruz”, após a oração universal. A Igreja, hoje, não celebra a Eucaristia.
No silêncio deste dia, contemplando e adorando o Crucificado, cheguemos ao reconhecimento de seu mistério: “de fato, esse homem era mesmo o Filho de Deus” (Mc 15,39). Solidários com os sofrimentos do divino Redentor e dos membros de seu Corpo, recebamos força para viver da esperança e da vitória que nasce da cruz.

2- Recordando a Palavra 

O Evangelho nos apresenta a narração da Paixão de Jesus, segundo João (cap. 18-19). Concluído o discurso de despedida e a oração pela unidade, Jesus se retira com os seus para o Jardim das Oliveiras. Outrora, do jardim do Éden veio a perdição, agora, do jardim das Oliveiras vem a salvação.
O traidor conduz os guardas para o local a fim de prenderem Jesus. Depois de ter passado pelo interrogatório de Anás (Jo 18, 12-23) e do sumo sacerdote Caifás (Jo 18, 24-27), Jesus é conduzido para o tribunal romano, presidido por Pilatos, onde será julgado e condenado por acusações sem consistência. Seus acusadores apenas afirmam: “Se ele não fosse um malfeitor, não o entregaríamos a ti”.Pilatos, querendo se eximir da responsabilidade, provoca os judeus: “julgai-o conforme vossa lei”! Os líderes dos judeus clamam por sua morte e só precisam da licença do governador para conduzi-lo à terrível morte da cruz. Pilatos, contudo, percebe que Jesus é rei, mas um rei diferente dos reis que o poder romano já havia sentenciado.
Ante a verdade que não lhe interessa. Pilatos lava as mãos, atendendo ao grito do povo, condena Jesus e liberta Barrabás. Aquele que não se prevaleceu por sua condição divina é, agora, humilhado e obrigado a carregar a cruz até o calvário e ali é crucificado com outros dois. Erguido entre o céu e a terra, de braços abertos, entre a sua Mãe ao discípulo amigo.
E, tomado por uma sede mortal, vendo que tudo estava consumado, inclina a cabeça entrega seu espírito ao Pai. Não bastando a violência dos algozes, seu coração é atravessado por uma lança, e imediatamente jorram sangue e água. Descido da cruz por amigos, seu corpo é sepultado num jardim. Desse modo brotará a árvore da vida (Evangelho)
O profeta Isaías relata o quarto canto do Servo sofredor que, na época, referia-se aos sofrimentos do povo no exílio da Babilônia. A tradição cristã, porém, vincula este cântico à paixão de Jesus de Nazaré. O Servo de Javé orienta toda a sua luta para uma nova realidade: os opressores, que, convertidos, reconhecerão sua culpa mediante o sofrimento do Servo, causado por eles
Eles serão salvos, libertos e curados por este mesmo Servo. Assim, a vitória final será a conversão dos opressores, alcançada pelo testemunho perseverante e fiel do Servo. É uma confissão pública e coletiva dos culpados pelo sofrimento causado ao povo (cf. MESTERS, C. A missão do povo que sofre. Petrópolis: Vozes, 1981. p. 14) (1ª Leitura).
Ante a crua realidade do sofrimento, o salmista lamenta tanta dor e manifesta sua confiança na justiça de Deus que ampara os justos, atitudes que refletem o proceder de Jesus tomado pela violência e sofrimento da paixão – Salmo 30 (31).
A Carta aos Hebreus revela que Jesus Cristo, nosso Sumo Sacerdote, foi provado em todas as coisas, menos no pecado. Ele viveu profundamente a condição humana, até sua paixão e morte. Solidário com o gênero humano, Deus escutou seu clamor e se agradou de sua oferta (2ª Leitura).

3-Atualizando a Palavra 

A sexta-feira santa, no conjunto de suas celebrações litúrgicas e das expressões da religiosidade popular, nos ajuda na contemplação do mistério do sofrimento e da cruz, que se levanta ante os olhares humanos, brotam centelhas de esperança para os oprimidos pela dor.
Jesus foi “enviado ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele (Jo, 317). Ele não estava buscando a morte, mas a vida plena. Contudo, não se pode produzir a vida sem doação. A vida é fruto do amor e germina lá onde há amor pleno. Onde a doação de si mesmo é total. Não há amor maior do que doar a vida pelos amigos (cf. Jo 15,13). Amar é doar-se sem se poupar, até desaparecer. A morte é condição para que a vida se manifeste (cf. Lc 9, 24). A morte de Jesus não deve ser vista como um acontecimento isolado, mas como culminância de todo um processo de entrega de si mesmo. A entrega total, no alto da cruz, é o último gesto de doação e sela a definitiva entrega. O mistério da cruz revela o significado mais profundo do amor e constitui-se numa resposta às perguntas decisivas para a existência humana, especialmente sobre o mal e o sofrimento” (cf. texto base da CF 2012, nn. 200 e 203).
“A pregação da cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que são salvos, para nós, ela é força de Deus” (1 Cor 1,18). Paulo Apóstolo nos ajuda a compreender o mistério da cruz. “A cruz é a realização mais perfeita das apalavras: ‘Meu Pai… não se faça como eu quero… faça-se a tua vontade’ (Mt 26,42). A livre aceitação da cruz atesta o amor do Filho pelo Pai e a confiança em sua obra de salvação. A verdade do amor se prova mediante a verdade do amor se prova mediante a verdade do sofrimento extremo na cruz” (texto base da CF 2012, n.204).
João Evangelista, o amigo de Jesus, numa narrativa repleta de detalhes e novos personagens, revela que, durante todo o processo que resulta na sua condenação e morte de cruz, Jesus é o Senhor de todos os atos. Mostra não tanto a condenação de um subversivo político, mas a hora da verdadeira glorificação do Filho de Deus. Sereno, ele se despede de seus amigos, de sua mãe que está junto à cruz e depois entrega o espírito.
Os fatos as artimanhas políticas e religiosas das autoridades judaicas e romanas tinham por objetivo tirar a vida de Jesus, na verdade, permitiram que Jesus fosse elevado para Deus. Desde sua prisão, Jesus, serenamente, como “cordeiro levado ao matadouro, ele ficou calado, sem abrir a boca” (Is 53,7), entrega sua vida. “Dou a minha vida para depois retomá-la. Ninguém a arrebata de mim, mas eu a dou livremente” (Jo 10,17-18).
Por isso, a narrativa da morte de Jesus, segundo Evangelho de João, é feita com muita solenidade, pois, quem morre é o Senhor da vida, consciente da missão que tinha recebido do Pai. Sabendo Jesus que tudo estava consumado, inclinando a cabeça, entregou o espírito (Jo 10,17-18).
Ele que tinha vindo da parte do Pai, agora realizada a missão que lhe fora confiada, retorna para o Pai. A narrativa do drama da paixão do Senhor revela como a força da vida e da ressurreição já estavam presentes e atuantes na hora da própria morte. Esta se transforma em fonte de vida e de luz.  “Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto” (Jo 12,24).
A morte de Cristo na cruz tornou-se uma fonte da qual brotam rios de água viva, nela e por ela, Deus amou tanto o mundo que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (cf. Jo 3,16).

4-Ligando a Palavra com a ação Lutúrgica 

A sexta-feira santa não é um dia de luto. Apesar do silêncio respeitoso observado pela sociedade, a Igreja não celebra um funeral, mas a morte vitoriosa do Senhor, geradora de vida nova para os seus seguidores. Olhando para a cruz, a Igreja canta: “Vitória! Tu reinarás. Ó Cruz! Tu nos salvará!”
“Neste dia em que Cristo nosso cordeiro pascal foi imolado, a Igreja, meditando a Paixão do seu Senhor e adorando a cruz, comemora o seu próprio nascimento do lado de Cristo que repousa na cruz e intercede pela salvação do mundo todo” (Carta Circular da Congregação do Culto Divino: Paschalis Sollenitatis: A Preparação e Celebração das Festas Pascais, 58. Documento Pontifício n.224) (Nas páginas seguintes este Documento Pontifício será citado com a seguinte sigla: PDFP).
A proclamação da Palavra de Deus, em particular a narração da Paixão de Jesus Cristo, segundo São João, é o elemento central e universal da liturgia da sexta-feira Santa. Da proclamação e escuta da Palavra, brota a oração de súplica a Deus para que, em sua misericórdia, recorde e santifique a Igreja, o Papa, os Bispos, os catecúmenos, os judeus, todos os que crêem em Jesus Cristo, os que não acreditam, os governantes e todos os que sofrem provações.
Na solene adoração da santa cruz, trazida em procissão e apresentada à assembléia dos cristãos, a Igreja volta seu olhar para o mistério do calvário, isto é, para a obra da redenção realizada por Cristo pregado na cruz. Não se adora a cruz em si mesma, mas aquele que, do lenho da cruz, doou sua vida para a nossa salvação.
“Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. Vinde, adoremos!” Assim, “adoramos, Senhor, vosso madeiro; vossa ressurreição nós celebramos. Veio a alegria para o mundo inteiro, por esta cruz que hoje veneramos!”
O povo adora e aclama a vitória do amor sobre o ódio e a violência; da verdade sobre a mentira; da justiça de Deus sobre a injustiça dos poderosos. Beijando a cruz do Senhor, as pessoas manifestam seu compromisso solidário coma causa pela qual o Filho de Deus doou sua vida. Da causa de Jesus, um rei diferente, sem exércitos e sem súditos; cujo poder é o serviço; o trono é a cruz; a meta é a paz e a vida abundante para todos.Ao comungarmos seu corpo, assimilamos sacramentalmente sua entrega pela salvação da humanidade, a fim de que possamos viver o quê e como ele viveu. Por esta razão, após a comunhão, o ministro reza: “Ó Deus, que nos renovastes pela santa morte e ressurreição, para que, pela participação deste mistério, vos consagremos sempre a nossa vida
Na fé cristã, a Cruz é expressão do triunfo sobre o poder das trevas e, por isso, muitas vezes é apresentada com pedras preciosas e se tornou sinal de benção.