quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Psicopedagogia Catequética

Psicopedagogia Catequética



Querido catequista iremos refletir nos próximos cinco artigos a necessidade da Psicopedagogia Catequética para a nossa ação Evangelizadora na catequese. Os temas aqui propostos estão interligados entre si. Desejamos que você acompanhe e faça um bom proveito na formação dos catequistas em sua comunidade.

O termo “Psicopedagogia” surgiu nos estudos da Pedagogia e da Educação em função da necessidade de compreender o processo de aprendizagem do ser humano. A expressão Psicopedagogia, hoje, apresenta características especiais. Pode ser definida atualmente como uma área de conhecimento que estuda o processo de aprendizagem e o modo em que os diversos elementos envolvidos nesse processo podem facilitar ou prejudicar o seu desenvolvimento.


A Psicopedagogia surgiu a partir dos conhecimentos trazidos da Pedagogia e da Psicologia e evoluiu em busca de um corpo teórico próprio, como uma ciência norteadora dos procedimentos necessários ao trabalho com crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, objetivando o reconhecimento das capacidades individuais e o processo de desenvolvimento pelo qual a pessoa passa. Nesta trajetória histórica e evolutiva, a Psicopedagogia encontrou muito de seus aportes teóricos na integração de vários campos de conhecimento, com a função de ter uma compreensão mais integradora do processo da aprendizagem humana. Neste sentido, enquanto produção de conhecimento científico, a Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem, não se bastando como aplicação da Psicologia à Pedagogia.


A Psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em consideração as realidades interna e externa das aprendizagens em conjunto. Estuda o processo complexo da construção do conhecimento, como também os aspectos cognitivos, afetivos e sociais.
Pode-se conceituar o termo Psicopedagogia como a busca de metodologia apropriada para elevar o nível de aprendizagem da pessoa. Dentro de nosso trabalho e missão na catequese, a Psicopedagogia quer contribuir com a Pedagogia Catequética, aprofundando nos processos de desenvolvimento da maturidade e aprendizagem humanas, bem como o processo de educação da fé, uma vez que não podemos perder de vista que a catequese não é apenas ensino de conteúdo, mas também como uma mensagem que se transmite a partir de um caminho mistagógico. Como toda mensagem tem um interlocutor, se o catequista não estiver atento ao desenvolvimento do seu catequizando, poderá se equivocar na preparação de seu encontro de catequese.


Portanto, quando falamos em Psicopedagogia Catequética, estamos propondo um aprofundamento, uma reflexão para que o/a catequista, como educador da vida e da fé das pessoas que estão na catequese, compreenda melhor o desenvolvimento humano, bem como os estágios da fé dos nossos catequizandos.
Com a Psicopedagogia Catequética pretendemos refletir sobre os interlocutores da nossa catequese: idosos, adultos, jovens, adolescentes e crianças, buscando compreender, como se dá a educação da fé, bem como as características da aprendizagem humana dentro de cada momento da vida, do seu processo evolutivo, como a pessoa que assimila e acolhe a mensagem.


A vida acontece em etapas. O ser humano, ao longo de sua existência, vai se desenvolvimento e adquirindo capacidades para aprender e conhecer a realidade. No entanto, para que a educaçao deste ser humano em desenvolvimento aconteça, é necessário que o conhecimento seja adaptado segundo a sua capacidade, ou seja, se queremos evangelizar os nossos catequizandos precisamos adaptar a mensagem da catequese segundo a sua maturidade humana, afetiva e cognitiva.


Não é possível elaborarmos uma catequese com crianças e a aplicarmos com adultos. Cada um tem seu momento específico, pois o ser humano é um ser inacabado, podemos sempre nos refazer, é um ser de possibilidades inserido no mundo. É necessário estabelecer um elo com a realidade dos catequizandos, pela adaptação da Palavra de Deus, levando em conta a idade de cada um, situações familiares e sócio-culturais. É isto que desejamos apresentar aqui para a nossa reflexão como catequistas que estão preocupados com a mensagem da catequese. Desejamos que as indicações que aqui apresentamos sejam consideradas orientações fundamentais para que a evangelização seja realmente efetiva e afetiva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe Seu Comentário